sábado, 11 de julho de 2009

Justiça manda bloquear vídeo erótico de vereadora

A defesa da vereadora Andrea Purissimo da Silva (PV), de Santo Anastácio (SP), conseguiu na Justiça antecipação de tutela para bloquear a transmissão pela internet de um vídeo mostrando a vereadora em cenas eróticas com um rapaz. As cenas, que começaram a circular pela internet e celulares em maio, movimentaram a pequena cidade, de 20 mil habitantes, levando a Câmara Municipal a votar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para cassar o mandato da vereadora. O pedido de CPI, feito pelo motorista Antonio Carlos dos Santos, suplente de Andrea, foi rejeitado por unanimidade na semana passada.

Nesta sexta-feira, a vereadora falou pela primeira vez sobre o assunto. "Nunca pensei que fosse sofrer tanto com isso. Até ontem, eu estava chorando. Agora que estou melhor. Graças a Deus que 99% dos moradores me entenderam e solidarizaram comigo", disse. "Recebi manifestação de apoio desde idosos, de 80 anos, a crianças. Minha filha, de 12 anos, graças a Deus manteve uma maturidade e me deu forças neste momento", afirmou Andrea.

Segundo ela, as imagens foram feitas por um rapaz com quem teve um relacionamento casual em 2004, quando trabalhava de enfermeira em um posto de saúde de Santo Anastácio. "Eu via o celular ligado, mas naquele tempo nem imaginava que existia câmeras em celulares. Não existia bluetooth; nem sei como essas imagens chegaram até agora", comentou Andrea, que assumiu o cargo de vereadora em 2009.

"Só senti quando um amigo meu ligou, em maio deste ano, contando das cenas, dizendo que estavam transmitindo por celulares; depois por e-mail, Orkut e até no Youtube. Foi quando desabei", contou. Segundo ela, o rapaz fez o mesmo com outra jovem da cidade. "Ela era noiva, perdeu quase tudo", disse Andrea.

"Para mim, a situação não foi pior porque sou independente, não tenho namorado, sou órfã de pai e mãe e cuido eu mesmo da minha filha", completou.

Ainda nesta sexta-feira, o advogado Leandro Martins Alves, que defende Andrea, informou a obtenção da tutela antecipada, concedida pela juíza Flávia Alves Medeiros, na última quarta-feira. "Essa tutela servirá para que os provedores bloqueiem a transmissão das cenas pelos sites e também poderá nos levar aos responsáveis pela veiculação das imagens não-autorizadas".

Segundo Alves, a tutela também servirá para resguardar os endereços dos protocolos de internet (IP) dos usuários que estiverem transmitindo os arquivos. "Com isso, poderemos chegar aos responsáveis pela veiculação das imagens, que deverão ser processados por danos morais e materiais", explicou o advogado, especializado em crimes por internet.(Terra)

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