quarta-feira, 1 de julho de 2009

EXTRATIVISMO E SÓ

Em conversa com amigos me despertou para uma situação que muito interressa a todos que vivemos nesta região rica e próspera, em especial Parauapebas e Canaã. Vamos falar antes de mais nada da cidade mãe Marabá, a cidade conta hoje com os mais influentes empresários da região, um deputado federal (Asdrúbal Bentes) dois estaduais ( Bernadete Ten Caten e João Salame), NA VERDADE SÃO 3 SE CONTARMOS A TETE, sede natural da AMAT, além de ser a cidade pólo do Sul do Pará em franco desenvolvimento, inclusive com obras do PAC do governo federal, entre as quais duplicação de parte da Transamazonica, Hidrovia Araguaia-Tocantins,inclui-se neste caso um belo porto, Ferrovia Norte Sul, além de investimentos particulares como a ALPA da Vale, o maior hospital do norte do país da Unimed, entre tantos outros.

E as grandes responsáveis por tudo isso são as riquezas no sub-solo de Parauapebas, Canaã dos Carajás, além de Ourilandia, Curionópoles e a própria Marabá. Durante o bate-papo com os caros amigos, nos colocamos a pensar: Tantos investimentos em Marabá e o que nos resta? Só o extrativismo e a continuidade de meia dúzia de terceirizadas para o mesmo fim.

Será que estamos condenados a garimpar as migalhas do desenvolvimento, nosso distrito industrial está aí aguardando investimentos que produzam alternativas. Mais uma vez vamos deixar para chorar o leite derramado?!

Está mais do que na hora de verticalizar nossa riqueza, precisamos acordar e lutar para termos mais prestígio. Precisamos acompanhar a carroagem das oportunidades e se faz isso com diálogo e perseverança.

Então vamos conversar entre amigos e juntos buscaremos alternativas para desenvolver a qualidade de vida de nossa gente.
Que Marabá cresça e nós também, mas migalhas e extrativismo só, não basta.

Abaixo matéria do jornal correio do tocantins sobre o mega-investimento em Marabá.

Aporte de R$ 23 bilhões viabilizará a siderúrgica da Vale em Marabá e toda a estrutura que envolve o funcionamento da mesma. A escolha do município para abrigar esse mega-investimento não foi um acaso. Ao formalizar acordo de intenções com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, o presidente da mineradora, Roger Agnelli, disse que a decisão foi estratégica, pois Marabá é um importante “entroncamento logístico” do Estado.
Não à toa, a maior parte dos recursos, R$ 18,3 bilhões, dizem respeito a investimento estadual e federal até 2012 em infra-estrutura, com a conclusão das eclusas de Tucuruí, a viabilização da Hidrovia Araguaia-Tocantins, a ampliação do Porto de Vila do Conde e aceleração das licenças ambientais necessárias a implantação do empreendimento.
A reunião que definiu os detalhes aconteceu em Barcarena (PA), na sede da Alunorte, e selou o compromisso da Vale em antecipar em um ano, para 2012, a inauguração da fase inicial da nova siderúrgica, que, aliás, já tem nome escolhido. Se chamará: “Aço Laminados do Pará”
Na ocasião Agnelli anunciou ainda que até 2012 a Vale vai investir R$ 59 bilhões, dos quais R$ 20,1 bilhões no Pará em projetos de minério de ferro, bauxita, alumina, cobre, níquel, logística e geração de energia.
A governadora Ana Júlia Carepa destacou que a instalação da siderúrgica no Pará é um sonho acalantado por todos os paraenses desde que a atividade minerária iniciou no Estado. A governadora considera que o anúncio desse empreendimento é um dos mais importantes desde que ela foi eleita.
Durante o evento, ela anunciou que o governo do Estado vai aplicar R$ 8 milhões na revitalização do Distrito Industrial de Marabá, a fim de atrair novos investimentos para a região.
O governo também vai revitalizar os distritos industriais de Barcarena, Belém e Ananindeua, além de construir o distrito de Santarém. Também consta no planejamento do governo estadual a realização de obras viárias relevantes, como o anel viário de Marabá, que vai interligar a PA-150 e a Transamazônica à área da siderúrgica e a duplicação da PA-150 a altura do Distrito Industrial de Marabá a área urbana da cidade. “Todo esse esforço visa atrair novos investimentos para o Estado do Pará”, disse a governadora.
A governadora agradeceu ao presidente da Vale, Roger Agnelli, que compreendeu a importância de investir no Pará e que tem se empenhado na construção de uma parceria “duradoura e sólida” com o governo estadual, como a parceria no desenvolvimento do Sistema Paraense de Inovação (SPI), nos processos de planejamento urbano e regional (sistemas de tratamento de esgoto, de água e de transportes, por exemplo).
Ana Júlia Carepa também lembrou que as negociações com a Vale resultaram em projetos que viabilizam a instalação de um laboratório de tecnologias de alumínio no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, em Belém; e um protocolo de intenções para o desenvolvimento de tecnologias de processamento de minerais ferrosos, níquel, cobre, e manganês, no Parque de Ciência e Tecnologia do Tocantins, em Marabá, além do financiamento pela Vale de centenas de bolsas de pesquisas alinhadas à produção industrial.

Aço
A usina siderúrgica da Vale em Marabá terá capacidade inicial de produção de 2,5 milhões de toneladas por ano, sendo investidos pela empresa na primeira fase do projeto cerca de 3,3 bilhões de dólares. Quando estiver funcionando com capacidade plena, a indústria vai chegar a produzir mais de cinco milhões de toneladas anuais.
Os estudos de viabilidade técnica da usina devem ser concluídos em dezembro do ano que vem. Outro prazo anunciado, ontem, diz respeito às licenças ambientais dos órgãos estaduais e federal de meio ambiente.
O presidente da Vale garantiu que durante a operação da usina siderúrgica serão gerados cerca de 3,5 mil empregos diretos e 14 mil indiretos no Estado. A nova indústria deve ainda fomentar a indústria siderúrgica nacional, através de participações em projetos com outros empreendimentos, como a CSA, no Rio de Janeiro, a CSV, no Espírito Santo e a CSP, no Ceará. Com a produção de aço aqui no Estado, com novas fábricas e empreendimentos, será possível montar vagões, estruturas metálicas para construção civil; silos e caçambas; vergalhões e barradas, tubos sólidos, dentre outros produtos.

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