terça-feira, 23 de junho de 2009

PRODUTORES RURAIS REALIZAM CAVALGADA ECOLÓGICA

Está se aproximando a segundo versão da Cavalgada Ecológica que caiu como uma luva para os produtores rurais da região para comungar práticas que vão ao encontro dos anseios daqueles que disseminam a agonia no estado do Pará.
A Cavalgada acontece a partir do dia 30 de junho até 4 de julho, em meio às discussões sobre a exportação da carne do Pará. Os pecuaristas participarão de plantio de mudas e acompanharão palestras sobre meio ambiente e produção rural.
Adesivos estão sendo distribuídos com a frase:
Já se alimentou hoje? Agradeça ao produtor rural.

Integrantes da bancada do agronegócio preveem que a perseguição aos produtores de gado na Amazônia, mediante exigências ambientais, pode gerar uma crise de abastecimento de carne e pressionar os preços do produto. "Para nós do Sul é ótimo. Se a arroba de carne está R$ 80, vai para R$ 150. A inflação vai explodir. Vamos deixar. Acho que estamos do lado errado", disse o deputado Cezar Silvestri (PPS-PR). As declarações foram feitas em audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural para discutir a suspensão do Decreto 6.514/08, que institui multa para o proprietário de terra que deixar de registrar em cartório a reserva legal.

O Grupo Pão de Açúcar, seguindo recomendação do Ministério Público Federal, anunciou a suspensão da compra de carne de 11 frigoríficos do Pará que supostamente comercializam carnes provenientes de áreas desmatadas. Outras redes já fizeram o mesmo.

Abelardo Lupion (DEM-PR) chamou os procuradores que promovem o boicote à carne produzida no Pará de "moleques irresponsáveis". "Estão inviabilizando um estado inteiro. Quem foi para o Pará para instalar indústria e promover o desenvolvimento daquele estado hoje está sendo punido", disse.

Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), "vai faltar carne lá em São Paulo e no Rio de Janeiro". Ele disse que o Brasil pode repetir a Argentina, em que um impasse político em torno da tributação da exportação de produtos agrícolas provocou crise de desabastecimento.

O frigorífico Marfrig informou, em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que não possui unidades no Pará e não foi notificado pelo Ministério Público Federal (MPF) ou cadeias de supermercados acerca do embargo das três maiores redes do País a carnes produzidas naquele Estado.

Operação Abate

Os frigoríficos JBS-Friboi e Margen estão entre as empresas que podem ter sido beneficiadas em um suposto esquema desarticulado em Rondônia pela Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados de prisão, além de 43 de busca e apreensão. A operação Abate - como foi chamada a ação - é resultado de um ano de investigações em que se apurou uma série de crimes cometidos para favorecer frigoríficos, laticínios e curtumes fiscalizados pela Superintendência Federal da Agricultura em Rondônia.




Fonte: DCI

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